*Roberto Martins é Funcionário Público e Membro da IBF.
12/27/2010
Pare e Pense!
*Roberto Martins é Funcionário Público e Membro da IBF.
11/24/2010
Receita para viver melhor
Religiosos em geral são unânimes quando dizem que este é o primeiro passo a ser dado por aqueles que desejam vida abundante. De fato, estar bem com Deus é pré-requisito indispensável para o bem estar em outras áreas da existência.
10/06/2010
As igrejas e a crise de valores no Brasil
Vivemos em um país marcado pelas desigualdades sociais, pela pobreza, pelo analfabetismo, e, principalmente, pela corrupção. Apesar de todo o esforço empreendido por alguns parlamentares no sentido de aperfeiçoar a legislação existente, e, apesar da renovação que temos observado a cada eleição nas assembléias legislativas e no congresso nacional, a explosão de escândalos continua, em todos os setores, como uma doença crônica.
Mudamos as leis e elas continuam sendo descumpridas, substituímos políticos e vários dos novatos optam por não fazer diferença. Onde erramos?
Disse Frei Beto que o poder não muda ninguém, faz com que a pessoa se revele. Acho que ele tem razão. A raiz do problema parece estar mais embaixo, principalmente nas famílias. São elas que abastecem de gente as escolas, universidades, igrejas, partidos políticos, empresas públicas e privadas e todas as demais instituições do país.
Portanto, nossa principal crise não é econômica, nem política, nem jurídica. Nossa maior crise é uma crise de valores.
Se nossos meninos fossem ensinados pelos pais a não fazer xixi na rua, não haveria necessidade de se fazer projeto de lei proibindo que nossos homens feitos urinem nos monumentos.
Se nossas crianças aprendessem em casa que é errado furtar, roubar e extorquir, não haveria necessidade de termos uma lei de responsabilidade fiscal tentando impedir que nossos administradores se apropriem indevidamente da coisa pública.
Se no cotidiano dos mais velhos discurso e prática andassem de mãos dadas, adolescentes e jovens não cresceriam sem referencial de autoridade. Mas, como fariseus pós-modernos, acendemos o cigarro e dizemos para os pequenos que não fumem, subornamos guardas e falamos para os guris que devem andar direito.
Numa época em que ainda não existiam os freezers de hoje, quando o sal era utilizado na preservação de carnes (carne sem sal logo se transformava em carne perdida), Jesus se dirigiu aos seus seguidores, dizendo-lhes que eles deveriam ser o sal da terra.
Em outras palavras, o Mestre estava dizendo que o estilo de vida de seus discípulos deveria, muito mais que os sermões deles, salgar; isto é, deveria influenciar a sociedade em direção ao bem, evitando a decomposição desta.
Tudo isto me leva a concluir que nós precisamos urgentemente repensar nosso jeito de ser igreja e de fazer igreja. E aqui, surgem duas idéias que nós os crentes devemos colocar em prática para ajudar nossa nação a superar tamanha crise de valores, mãe de todas as outras crises:
1. Harmonizar embalagem e conteúdo – Tão importante quanto se declarar cristão, católico, protestante, evangélico, pentecostal etc., é apresentar mudança de vida. Estamos sendo diferentes em nosso jeito de comprar e de vender, trabalhar, estudar, ser vizinho, tratar a natureza, fazer política?
2. Ser voz profética para nosso tempo – Ao contrário do que muita gente pensa, os profetas do Antigo Testamento, muito mais do que fazendo previsões do futuro, passavam a maior parte do tempo denunciando os erros e pecados daquela época. Como igreja, devemos manter nossa cabeça no céu sem esquecer que nossos pés ainda estão na terra. Isto deve nos levar a pregar contra toda forma de engano, de injustiça e de exploração do homem pelo homem.
Assim sendo, não haverá perda de relevância, acrescentaremos mais sabor à vida em comunidade e despertaremos em outros a sede de andar com a gente.
Humberto de Lima
9/08/2010
Prece hodierna
Que eu me aproxime de ti sem me distanciar do meu vizinho;
Humberto de Lima
8/01/2010
As igrejas e o meio ambiente
Mais adiante, vemos em Levítico 25:3,4., a seguinte recomendação, dada aos antigos hebreus: “Semeia tua terra durante seis anos e colhe seus frutos. Mas no sétimo ano haja sábado de repouso para a terra, um sábado ao Senhor; não semeies o teu campo nem podes tua vinha”. Esta recomendação tinha como objetivo proporcionar o descanso e a recomposição do solo intensivamente explorado durante os seis primeiros anos.
Sobre o cuidado com os animais, em Deuteronômio 22:6,7., os descendentes de Abraão já liam: “Se encontrares um ninho de pássaros, numa arvore ou no chão, com filhotes ou ovos, e a mãe posta sobre os filhotes ou sobre os ovos, não tomes a mãe com os filhotes. Deixa a mãe ir, podes tomar os filhotes para ti; para que seja para ti um bem e para que possas ter longos dias”.
Pensemos aqui na lógica preservacionista que se nos apresenta diante de uma situação como essa. Se levarmos a ave-mãe com os filhotes ou com ovos, ficará solto na natureza apenas o macho (incapaz de se reproduzir sozinho) e a espécie entrará em risco de extinção.
Pequenas comunidades auto-sustentáveis são uma alternativa aos grandes centros urbanos - Em Gênesis 1:,28, a Bíblia diz sobre o homem e a mulher: “Deus os abençoou e lhes disse: - Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a”. Mais tarde, ainda no mesmo livro, exatamente no capítulo 11, contrariando a orientação dada por Deus no versículo supracitado, os homens tentaram construir a torre de babel e foram veementemente reprovados e dispersos pelo Criador. Fica bem claro, a partir do episódio, que o propósito divino previa uma distribuição populacional que desestimulava a concentração urbana.
Atualmente, como conseqüência de nossa resistência àquele propósito, vivemos em cidades super populosas, poluídas, barulhentas, quentes, depredadas do ponto de vista natural, caras e inseguras.
Pensemos. Como estaríamos vivendo hoje se desde o começo tivéssemos tido o cuidado de fixar o homem do campo em seu habitat original, se tivéssemos investido em pequenas comunidades harmonizadas com a natureza e treinadas para buscar a sustentabilidade?
Podemos estimular hábitos de consumo saudáveis, desenvolver e apoiar projetos comunitários voltados para o desenvolvimento sustentável.
Podemos também orientar nossos irmãos para que sejam mais cuidadosos na eleição de nossas autoridades executivas e parlamentares, cobrando destas mesmas autoridades, ações que resultem em melhor qualidade de vida para a flora, para a fauna e para nós cidadãos.
Então, vamos contribuir para melhorar estes pedacinhos de mapa onde nossas congregações estão inseridas?
Humberto de Lima
7/03/2010
De pastor para pastor...
6/01/2010
Comunicado
Comunicamos a toda a comunidade evangélica que em Assembléia Extraordinária, realizada no último domingo, dia 30 de maio de 2010, foi decidido por unanimidade que a partir dessa data, a IBF – Igreja Batista de Fagundes se desliga da Convenção Batista Paraibana e também da Convenção Batista Brasileira.
Acrescentamos que apesar da decisão tomada em relação às instituições convencionais, continuamos abertos para a comunicação e parceria com todos os pastores e igrejas amigas que assim o desejarem.
Enfatizamos ainda que entre nós, nada muda em relação às doutrinas e princípios batistas herdados de nossos pioneiros e até hoje ensinados por nossa igreja.
Fagundes, 01 de Junho de 2010.
Pr. Humberto Batista de Lima
Presidente
5/05/2010
Os batistas brasileiros e a autonomia das igrejas.
2/21/2010
O fim da Escola Dominical
Mundanismo? Falta de interesse pelas coisas de Deus? Embora estes fatores possam estar presentes em alguns casos, devo dizer que existem outros motivos que têm contribuído em maior escala para a onda de evasões verificada em todo o país. Mas nem tudo está perdido! Vejamos os principais problemas atualmente enfrentados, e, juntamente com eles, algumas dicas que ajudarão no surgimento de uma nova escola para um novo tempo:
1. As instalações são inadequadas – Ainda é muito praticado o costume de juntar vários professores, falando ao mesmo tempo, para várias turmas, dentro de um mesmo ambiente. Na angústia por se fazer ouvido, é comum que os mestres falem cada vez mais alto, provocando uma confusão sonora que acaba dispersando a atenção e prejudicando o aprendizado do aluno. Sugerimos a separação imediata das turmas, ainda que outras instalações tenham que ser compradas, edificadas, alugadas ou tomadas emprestadas (uma parceria com escolas da comunidade poderá ajudar a resolver o problema).
2. O dia e horário são inadequados – Quando chegamos à Fagundes, nove anos atrás, tentamos implantar o sistema norte-americano de programação, largamente copiado em todo o Brasil, e, ao mesmo tempo, incompatível com nossa realidade cultural. Tentamos fazer nossos domingos com culto e escola bíblica pela manhã, mais atividades diversas depois do almoço, mais o culto da noite. No inicio, nossa comunidade era formada por alguns adolescentes, várias senhoras e dois ou três homens. Foi um fracasso! Descobri que as poucas mulheres que insistiram em vir tiveram problemas em casa, pois o domingo era exatamente o dia em que seus maridos não crentes estavam de folga. A partir disso, repensamos tudo, deixamos as manhãs e tardes de domingo livres para que os irmãos passem o dia em casa com suas famílias. Desde então, nossa escola bíblica, passou a funcionar com algumas turmas no horário das 18:00 às 18:50, antes do culto da noite que começa às 19:00. Outra mudança importante foi o fato de nossa escola deixar de ser chamada escola dominical; hoje temos turmas funcionando aos domingos e sábados, no mesmo horário, e, por isso, nós a chamamos apenas de Escola Bíblica.
3. Não existe uma grade curricular definida – Uma das muitas reclamações que tenho ouvido de muitos crentes diz respeito à falta de uma grade curricular, com começo, meio e fim. Hoje em dia, temos nossa grade curricular própria, que traz as seguintes matérias: Cinco Hábitos para fortalecimento na fé, Conhecendo a Igreja, Introdução ao Antigo Testamento, Introdução ao Novo Testamento, Princípios de Interpretação Bíblica, Teologia Sistemática, Heresiologia (estudamos apenas sobre os grupos que estão presentes em nossa vizinhança), Evangelização e Projetos Comunitários (neste estágio final, a turma é estimulada a desenvolver um projeto que contribua para a evangelização e desenvolvimento comunitário do lugar em que estamos inseridos). A conclusão de cada estágio é marcada pela comemoração dos alunos que acabam de ser aprovados para o próximo nível; e, no final de tudo, fazemos a grande festa em que todos recebem o certificado de conclusão. Depois, os concluintes são inseridos em turmas que estudam a Bíblia livro por livro, passando algumas semanas discutindo algum tema atual entre um livro e outro.
4. Os professores são despreparados – Vivemos em uma época em que o nível de exigência dos ouvintes já começa a ficar mais acentuado, especialmente em meio à parcela mais escolarizada da população. Professores que não dominam bem a língua portuguesa, não conhecem bem a Bíblia nem se esforçam para aprender recursos didáticos necessários ao nosso tempo, estão fadados a ficar sozinhos, falando sozinhos. Dentre outras medidas, resolvemos fazer aqui um banco de leitura que funciona da seguinte forma: O professor leva um livro pra casa e o devolve no mês seguinte, fazendo uma breve exposição oral sobre o que leu; então, pega outro livro e volta quatro ou cinco semanas depois para repetir o processo. Alem disso, só é autorizado a ensinar matérias que ele mesmo já tenha estudado aqui em nossa escola, contando sempre com o auxilio pastoral em relação às dúvidas que normalmente surgem no dia a dia.
5. A escola não é prioridade – Quando a escola bíblica não é priorizada nem devidamente divulgada, sua tendência é ir morrendo pouco a pouco. Para evitar que isso aconteça, divulgamos largamente que nossas turmas estão abertas para todos (inclusive para alunos ainda não crentes) e deixamos bem claro que a freqüência assídua é obrigatória para todos os que exercem ou desejam exercer cargos de liderança dentro da igreja.
6. A escola não é discutida nem organizada a partir da realidade local – Nem sempre as soluções encontradas por uma determinada comunidade serão igualmente úteis para outra. Por isso, faz-se necessário que tudo na escola bíblica seja previamente discutido e montado a partir da realidade local. Por exemplo, na hora de decidir sobre quais grupos heréticos estudar, somente o pastor e sua comunidade saberão quais grupos existem na região e representam de fato uma ameaça para o equilíbrio doutrinário da congregação. Questões de horário também devem ser ajustadas de acordo com a cultura do povo em meio ao qual a igreja está inserida.
Humberto de Lima
Humberto de Lima é Bacharel em Direito pela UEPB, graduado em Liderança Avançada pelo Haggai Institute (Maui, EUA) e pastor da IBF – Igreja Batista de Fagundes, PB. É colunista da VINACC e também escreve semanalmente em seu próprio blog, o HumbertodeLima.com
1/10/2010
9 anos de IBF - Conversando com o Pr. Humberto
Pr. Humberto - Foi um tempo de lutas, sofrimento, trabalho árduo e muitas lições aprendidas. Apesar de tudo e apesar de mim, posso dizer que tem valido a pena trabalhar em Fagundes durante todos esses anos. Aprendi que a bondade e a graça de Deus são maiores do que eu imaginava, aprendi o quanto meus amigos acrescentam um plus de alegria (e muitas vezes de alivio) à minha vida, aprendi a colher os frutos da perseverança...
Pr. Humberto - Sem dúvida! Quando olho pra trás, vejo, dentre muitas outras coisas, centenas de pessoas que foram alfabetizadas através do trabalho de nossa igreja, nosso templo foi construído, já tivemos nossa primeira turma de concluintes na escola bíblica, nosso corpo de liderança está coeso e determinado, dois de nossos jovens estão cursando Teologia em um Seminário Batista, temos um rol de membros crescente, duas igrejas filhas estão em processo de desenvolvimento, fazemos um programa de rádio que alcança milhares de pessoas com a mensagem do Evangelho etc. Muito me alegra poder contemplar jovens e adultos que eram crianças ou adolescentes quando cheguei aqui; fico feliz ao ver como se firmaram na fé, cresceram, progrediram... A maioria está agora fazendo faculdade, alguns já estão trabalhando, tive o prazer de celebrar o casamento de outros... Sou um pastor coruja... (risos).
IBF News - Qual tem sido a postura da IBF em relação às outras igrejas aqui em Fagundes?
Pr. Humberto - Somos Batistas, fiéis à nossa identidade doutrinária e litúrgica. Se você nos perguntar porque nós acreditamos da forma como acreditamos, nós pegamos uma Bíblia, sentamos com você e explicamos porque pensamos de forma diferente. Também reconhecemos que temos nossos próprios problemas e defeitos; e por isso mesmo, evitamos usar o púlpito e o rádio para dizer que somos os preferidos de Deus, que somos mais santos, mais sábios ou melhores que os irmãos de outras denominações. Abominamos toda forma de farisaísmo!
IBF News - Como o pastor vê a criação do CONPEF?
Pr. Humberto - A princípio, achei que seria muito difícil concretizar esse sonho; mas, as orações e o diálogo resultaram em benção. Hoje, o Conselho de Pastores Evangélicos de Fagundes é uma realidade! Recentemente, por ocasião das festividades de aniversário do município, com estrutura cedida pela Prefeitura Municipal, realizamos um grande culto em praça pública com a participação dos pastores e irmãos, assembleianos, batistas, betelinos, congregacionais, presbiterianos... O conselho foi criado para fortalecer a amizade e a cooperação entre nós.
IBF News - Sobre a igreja e a cidade, o pastor e a cidade...
Pr. Humberto - Como igreja, contamos com o respeito e a boa receptividade do povo fagundense em geral; e, temos mantido uma relação de cooperação com o poder público, sempre tendo cuidado para não nos envolvermos com a política partidária. Quanto a mim, confesso que amo muito esse lugar ainda verde, ainda calmo, ainda pequeno...
IBF News - Existem novos sonhos, novos desafios?
IBF News - Qual é a sua mensagem para o povo fagundense?
Pr. Humberto - Quero encorajar vocês para que se cuidem espiritualmente; pois nem só de pão vive o homem. Entreguem suas vidas a Cristo, leiam a Bíblia, tenham um momento de oração todos os dias e venham para a igreja pelo menos uma vez por semana. A mim preocupa bastante o fato de ver que em nossa cidade vários meninos e meninas já são vítimas da evasão escolar, tabagismo, alcoolismo, gravidez na adolescência, rebeldia, violência familiar etc. Por isso, peço a vocês que invistam na formação religiosa dos pequenos enquanto ainda são pequenos.
IBF News - Agradecimentos?
Pr. Humberto - Ao Pastor do Salmo 23, pastor de todos os pastores, à minha família, à liderança da IBF, aos membros de nossa igreja, ao povo fagundense, aos meus amigos na Paraíba, no Brasil, nos Estados Unidos e no resto do mundo. Sem vocês, nada do que foi feito teria sido feito. Aproveito o espaço para também dizer que continuo precisando da amizade, apoio e orações de todos. Recebam meu abraço...
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A velha e tradicional escola dominical está com seus dias contados. Ao longo dos anos venho observando a luta de colegas pastores no senti...
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Fundamentação Bíblica - A autonomia das igrejas locais é um princípio estabelecido desde os tempos neo-testamentários, com farta rela...
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Um dos assuntos mais polêmicos no mundo das igrejas diz respeito aos pecadores. Não falo de pecadores que chegam, de novos crentes que acab...