12/23/2009

É Natal! Celebremos!


Era uma vez uma pedrinha de cálcio, existindo inanimada, no reino mineral. Lá estava presa e de lá, por si mesma não podia sair.

Até que um dia, a raiz de uma árvore frutífera desceu e a alcançou, fazendo-a subir para o reino vegetal, onde a vida se faz presente e tudo é mais dinâmico.

Passado algum tempo, um homem se agachou para apanhar aquela fruta caída e madura, da qual se alimentou, absorvendo em seu corpo a minúscula pedrinha de cálcio, que finalmente se integrou  a ele, passando a fazer parte do corpo humano e do reino animal.

Essa corrente de fatos tão naturais serve para ilustrar outros fatos ocorridos no mundo espiritual. O nascimento de Jesus trouxe para todos nós oportunidades antes impossíveis!

Porque ele desceu, nós agora podemos subir para um reino superior, o reino dele!

Porque ele se deixou condenar em nosso lugar, nós recebemos dele a chance de
 recomeçar e viver vida nova como indivíduos plenamente absolvidos e regenerados.

Porque ele veio ao nosso mundo, já não há mais medo de encontrar Deus e caminhar com ele. O Verbo se fez carne e habitou entre nós!

Celebremos!

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Pr. Humberto de Lima

12/03/2009

Saindo da crise


Há uma passagem na Bíblia que conta a história de uma pobre viúva cujo marido morrera deixando-a apenas com dois filhos e muitas contas para pagar. Para complicar a situação, os costumes da época e do lugar permitiam que o credor levasse seus dois filhos como escravos.

Aflita, a mulher pediu ajuda ao profeta Eliseu; e este, a surpreendeu com a seguinte pergunta:

- O que tens em casa?

Ela, sem nenhuma animação na voz, respondeu que ainda tinha uma botija com um pouco de azeite. Então, o profeta ordenou que ela tomasse muitas vasilhas emprestadas dos vizinhos, fechasse as portas da casa e começasse a encher as vasilhas emprestadas a partir do pouco azeite que lhe restara na botija. Miraculosamente, ela conseguiu encher todas as vasilhas, pagou suas contas e ainda ficou com dinheiro suficiente para tocar a vida com os seus dois pequenos!

Embora eu acredite em milagres, gostaria de deixar de lado o aspecto miraculoso dessa narrativa e destacar três atitudes sugeridas pelo profeta e postas em prática por aquela mulher. Tais atitudes a ajudaram a enfrentar e vencer a crise pela qual estava passando. Vejamo-las:
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01 – A mudança de foco: A principio aquela senhora só conseguia pensar no que havia perdido; e agora, o profeta lhe ensinava que a saída aconteceria a partir da identificação e utilização do que ainda lhe restava. Redirecionar a visão e o pensamento para o que restou em vez de ficar pensando o tempo todo em coisas que se foram e não voltam mais é de fato uma atitude acertada. Em meio à maioria de nossas lutas, quando tudo parece perdido, tudo apenas parece perdido; pois sempre resta alguma coisa, algum amigo, algum recurso, alguma saída, alguma idéia, algum dom, algum lugar pra onde ir etc. Nossa decisão nos leva a achar exatamente aquilo que escolhemos achar; portanto, escolha achar algo que lhe sirva de apoio nos momentos difíceis. Você encontrará.

02 – A compreensão de que em muitos casos, a benção que sai da mão de Deus só chega até nós através das mãos dos homens: Veja que houve uma multiplicação de azeite, mas não houve uma multiplicação de vasilhas; a mulher teve que pedir muitas vasilhas emprestadas de seus vizinhos. E se ela não tivesse boas relações com a vizinhança? Muitas vezes, complicamos a vida porque não sabemos fazer amigos ou porque temos dificuldades para manter nossas amizades. A solução para muitas batalhas do cotidiano poderá aparecer a partir de pessoas sobre as quais você jamais se imaginou precisando delas. Pense nisto...

03 – Saber preservar é tão importante quanto saber ganhar: É interessante a parte final do texto quando o profeta diz que a mulher, depois de pagar seus débitos com a venda do azeite multiplicado, chega e diz que ela deverá viver do resto. A palavra resto muitas vezes é vista em sentido pejorativo, significando uma desprezível sobra; mas aqui, o profeta nos ensina que passada a crise, uma sobra bem administrada poderá se transformar em uma riqueza crescente e duradoura. Diminuir o desperdício e manter as contas sob controle é mais uma atitude que vai lhe ajudar a enfrentar a crise e dela sair.

Pr. Humberto de Lima.

10/07/2009

Uma mulher diferente

Entre as várias mulheres que admiro na Bíblia está Noemi. Ela se destaca pela garra, persistência, e principalmente, pela fé inabalável.

Casada com um homem chamado Elimeleque, ela teve dois filhos, Malom e Quiliom. Elimeleque morreu cedo, deixando-a viúva com seus dois meninos, os quais se casaram com duas mulheres estrangeiras chamadas Orfa e Rute. Quando a vida parecia estar voltando ao normal, os seus dois filhos morreram tragicamente, deixando em casa as três mulheres completamente desamparadas. Dentro do contexto histórico em que viviam, sem nenhuma herança nem Previdência Social, estavam condenadas a viver de esmolas, caso nenhum homem quisesse casar com elas.

Com sua história de vida, Noemi deixou para nós quatro exemplos de atitudes, que em momentos difíceis, poderão nos ajudar a dar reverter o quadro. Que fazer então?

1. Esteja atento ao que Deus está fazendo Em situações de dificuldades somos tentados a voltar toda a atenção para o pior. Além do desânimo que nos acomete, nunca falta gente negativa para dizer que não há saída para a nossa situação. Noemi resolveu usar seus olhos e ouvidos para tentar descobrir se Deus estava fazendo alguma coisa boa na vida de outras pessoas ao seu redor. E ela acabou sabendo que coisas boas estavam acontecendo em meio ao seu povo, na terra de Israel. É muito importante a decisão de concentrar o foco em coisas boas que o Eterno está fazendo na vida de muita gente ao nosso redor. Os bons testemunhos vistos e ouvidos nos encorajam e fortalecem na fé.
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2. Mova-se em direção ao melhor Noemi não se contentou em saber que Deus estava abençoando ao seu povo; ela acreditou que aquela benção também poderia ser alcançada por ela. Por isso, decidiu que não ficaria ali, parada e vendo tudo ir de mal a pior. Ela se mexeu e decidiu se mudar imediatamente para a terra de Israel... Se lá estava a benção, era pra lá que ela estava indo! Quando Deus aponta o caminho e nos mostra a saída, não há porque ter medo. É só botar o pé na estrada e fazer as mudanças que precisam ser feitas!

3. Leve com você gente decidida Noemi sabia que aquela viagem e o recomeço não seriam tão fáceis; por isso, resolveu testar suas noras. Explicou para elas que o caminho da vitória não era nada mágico; elas teriam que andar muito, orar muito, trabalhar muito... E Orfa logo se foi por outra trilha... Apenas Rute decidiu andar com a sogra; e disse: “O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus”. E Noemi ficou satisfeita com a companhia daquela jovem! Ao tomar a decisão de fazer as mudanças que Deus quer que você faça, nem todos vão querer lhe acompanhar. Por outro lado, aqueles poucos que decidirem seguir com você, lhe ajudarão muito em seu novo caminho.

4. Enquanto faz mudanças por fora, admita o que precisa ser mudado por dentro Ao chegar à terra de Israel, os habitantes de Belém a reconheceram e perguntaram: “Não é esta Noemi?” Ela então respondeu: “Não me chamem Noemi, me chamem de Mara...” O nome Noemi significa agradável; mas ela sabia que estava mais para Mara, que significa amarga... Havia dentro dela algo que precisava ser tratado; e ela estava admitindo isto. Em nossa vida, mudar de emprego, de bairro ou de cidade nem sempre resolve a situação; às vezes também é preciso fazer mudanças por dentro. Nossos problemas espirituais e relacionais sempre nos acompanharão, estejamos nós em Fagundes ou em Tóquio. Se você sabe que a causa de muitos de seus problemas é você ou está em você, admita e confesse seus erros, fraquezas e feridas da alma ao Senhor Jesus. Busque-o com fé, abra o seu coração para que essas dificuldades internas sejam trabalhadas em sua vida, arregace as mangas e vá à luta.

Assim fazendo, fica bem mais fácil dar a volta por cima.

Boas mudanças!

Pr. Humberto de Lima

9/03/2009

Refletindo a espiritualidade

Contrariando todas as previsões de incrédulos do passado, a espiritualidade não desapareceu no século vinte nem diminuiu neste século vinte e um. O fato é que os regimes totalitários, a expansão científica e o avanço tecnológico não lograram êxito quando propuseram como ordem do dia uma cruzada anti-fé.

Vemos hoje, em todo o mundo, no plano individual, uma busca mais acentuada pelo sagrado, e, no plano coletivo, o expansionismo das religiões. Antes de dizer se isto é bom ou ruim, necessitamos fugir das generalizações, precisamos trocar o macro pelo micro e ajustar o foco para ver, separadamente, as diferentes realidades no mosaico religioso de nosso tempo.

Não tenho dúvidas de que pesquisadores sérios se defrontarão, dependendo do contexto, ora com exemplos dignos de contemplação, ora com práticas merecedoras do mais completo repúdio. Em algumas situações, a prática religiosa é também prática libertadora que luta pela dignidade do ser humano; em outras situações ela é simplesmente instrumento de dominação e exploração do outro.

Quero aqui, afunilar a reflexão, trazendo-a para dentro de nosso mapa verde-amarelo, de maioria cristã, católica e protestante. Embora se perceba um pequeno aumento no número dos que se dizem desconectados das instituições religiosas, convém dizer que a maioria destas pessoas, ainda que de forma isolada, continua cultivando a crença em Deus. Já outros números do IBGE, revelam um crescimento contínuo e cada vez mais acentuado dos evangélicos, ao lado da preocupação católica em conter o êxodo de seus fieis.

Mas, sem a pretensão de discorrer sobre as variáveis que contribuem para o aumento ou diminuição do número de seguidores das diferentes igrejas, quero levantar outra questão, não menos importante, e que, penso eu, tem tudo a ver com o Cristo pregado em todas elas.

Nossa espiritualidade também visa produzir melhores políticos, melhores operadores do direito, melhores administradores da coisa pública, melhores professores, melhores alunos, melhores patrões, melhores empregados, melhores vizinhos, melhores pais, melhores filhos? Estamos melhorando como gente? Se é impossivel transformar a terra em céu, o que estamos fazendo pra evitar que ela se pareça com o inferno? Temos tido preocupação ambiental?

Não é nada recomendável seguir modismos e transformar nossos cultos em meras sessões de auto-ajuda, onde o ter é superestimado em detrimento do ser. Se enveredarmos por este caminho, correremos o risco de ser uma geração de crentes egocêntricos, insípidos e irrelevantes na sociedade.

Pr. Humberto de Lima

7/31/2009

O evangelho que eu quero...

O evangelho que eu quero...

Não é exclusivista e nem me faz pensar que eu e minha denominação somos os únicos donos da verdade.

Não me faz falar muito de Jesus, sem, entretanto, me fazer mais parecido com ele.

Não faz de mim um chato, mais um daqueles que se acham super espirituais.

Não superestima o carisma em detrimento do caráter.

Não busca desesperadamente bênçãos de Deus, sem, contudo, buscar o Deus das bênçãos.

Não rebaixa o Criador e exalta a criatura; não troca humildes petições por arrogantes decretos.

Não promete o fim de todos os meus problemas, ainda nesta vida.

Não vende curas, nem libertações, nem vitórias.

Não distorce a Palavra, proíbindo o que a Bíblia não proíbe.

Não mata o lazer nem o descanso familiar, em nome do ativismo institucional.

Não desestimula os estudos teológicos ou seculares.

Não cultiva a preguiça, nem apela para o miraculoso em situações que podem e devem ser resolvidas com trabalho.

Deixa boas lembranças na cabeça de quem me ouve e me vê...

Pr. Humberto de Lima

3/01/2009

A Igreja-Hospital

Um dos assuntos mais polêmicos no mundo das igrejas diz respeito aos pecadores. Não falo de pecadores que chegam, de novos crentes que acabaram de deixar a velha vida; estes fazem a alegria dos pregadores, o prazer dos irmãos, o alivio das famílias. Falo de gente sincera; que por falta de vigilância caiu em tentação, e agora está atolada na lama do pecado. O que fazer com eles?

Não gosto da idéia de igreja-delegacia. A igreja-delegacia é aquela onde equipes de “agentes” são escaladas para observar, investigar e denunciar os que erram. Uma vez confirmada a denúncia, o delator é promovido e o infrator é deportado para a rua da indiferença. Da noite para o dia, os “irmãos” deixam de falar com ele; proíbem-no de assistir aos cultos e até trocam de calçada quando o encontram. Em um ambiente assim, não falta quem queira apontar o argueiro no olho do irmão; embora o seu próprio olho esteja atravessado por uma trave.

Prefiro a idéia de igreja-hospital. Sei que dentro do nosso contexto verde-amarelo, pensar em hospitais públicos e bons soa um tanto utópico. Mesmo assim tento imaginar uma igreja que seja parecida com um hospital público e bom! A igreja-hospital enfatiza que, independendo de seu passado, todo perdido é um salvo em potencial; e precisa de atendimento. Neste caso, quem não pertence à elite, não tem situação financeira confortável, não apresenta aparência física atraente, nem tem um currículo espiritual bom, é bem-vindo assim mesmo.

A igreja-hospital oferece serviço preventivo de saúde da alma. Ela ensina e prega a Palavra sem omissões, sem acréscimos, sem rodeios; com o objetivo de fortalecer a fé de seus membros.

A igreja-hospital também tem procedimentos profiláticos, curativos e até cirúrgicos. Nela, um membro em pecado é advertido, aconselhado e exortado a acertar seus caminhos. Mesmo os lideres e ocupantes de cargos, são afastados de suas funções até que se curem. Há casos no mundo da medicina em que os médicos amputam um dedo cancerígeno, para evitar que a metástase acabe matando o corpo inteiro. Da mesma forma, a igreja-hospital exclui de seu rol de membros aqueles que insistem em permanecer na má conduta. Mas ela não proíbe que membros disciplinados e ex-membros assistam aos seus cultos; pois ao contrário de um dedo amputado que vira lixo hospitalar, há esperança de restauração para filhos pródigos arrependidos. Afinal, onde há mais chances de cura? Na rua ou no hospital?

É bem verdade que em uma boa casa de saúde nem todos se salvam, alguns se perdem; na igreja, isto depende de como cada um irá reagir à pregação da Palavra. A certeza que temos é de que o joio, apesar de bem camuflado, não ficará para sempre misturado ao trigo. Cabe a cada um de nós, continuar cumprindo o seu papel de ajudar e pedir ajuda quando for preciso; lembrando sempre das palavras de São Paulo: “Aquele que pensa que está em pé, tome cuidado para que não caia”.

Pr. Humberto de Lima

Procurando uma boa igreja?

Vivemos sob a égide de um Estado de Direito, onde a liberdade de culto é amplamente protegida pela Constituição Federal e desfrutada por todos os cidadãos. Nossa realidade oferece aos cristãos uma enorme variedade de opções, no que diz respeito à escolha de uma igreja. Ainda assim, muita gente tem dúvidas e sente dificuldades na hora de decidir onde se congregar. Como encontrar uma boa igreja? Quais são as principais características de uma boa congregação?Longe de querer esgotar o assunto, desejo registrar aqui, algumas dicas, que, se levadas a sério, lhe ajudarão muito na hora de escolher uma boa igreja:

1. Procure uma igreja que tenha uma atitude ética para com as outras – Fico um tanto desconfiado, quando alguém se aproxima de mim, tentando dizer que a sua igreja ou denominação religiosa é a única que tem o selo da aprovação de Deus. Isto me faz lembrar o texto de Marcos 9:38-41; o qual nos conta que certa vez, os discípulos de Jesus encontraram um homem, que também estava expulsando demônios. Os discípulos, imediatamente trataram de proibir o trabalho daquele desconhecido. Tomaram esta atitude simplesmente porque o outro pregador não fazia parte do grupo deles, o grupo dos doze. Quando contaram o fato ao Mestre, Ele não concordou com a atitude exclusivista e intolerante deles, e os repreendeu, dizendo: “Não o proíbam; pois quem não é contra nós é por nós”. Acredito que faço parte de uma igreja séria, verdadeira e boa; mas preciso ser honesto e afirmar que não somos a única.


2. Procure uma igreja que ensine o que a Bíblia ensina – Lutero costumava dizer que a igreja não deve determinar o que a Bíblia ensina; pelo contrário, a Bíblia deve determinar o que a igreja ensina. Esta é realmente uma preocupação que faz sentido, uma vez que existem inúmeras passagens do Livro Sagrado, apontando nessa direção. Em Provérbios 30:5, 6, está escrito: “Toda palavra de Deus é provada, é um escudo para quem se fia nele. Não acrescentes nada às suas palavras, para que ele não te corrija e sejas achado mentiroso.” Em Apocalipse 22:18, lemos o seguinte: “Eu declaro a todos aqueles que ouvirem as palavras da profecia deste livro: se alguém lhes ajuntar alguma coisa, Deus ajuntará sobre ele as pragas descritas neste livro; e se alguém dele tirar qualquer coisa, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, descritas neste livro.” Por este motivo, em Atos 17:10-12, vemos nos cristãos de Beréia, o cuidado de conferir pelas Escrituras, tudo o que lhes era ensinado pelos apóstolos. Este cuidado, ainda hoje é válido; tanto para os que já estão filiados a uma igreja, como também para aqueles que ainda estão à procura de uma boa congregação.


3. Procure uma igreja que seja transparente em sua administração e finanças – Nada melhor que saber que os dízimos e ofertas deixados diante do altar, estão sendo administrados de forma sábia e transparente, em beneficio da igreja. Muitas igrejas têm o bom hábito de apresentar, periodicamente, uma prestação de contas aos seus membros. Isto é muito louvável e inspira confiança! É algo que deve ser levado em conta por alguém que ainda está em fase de busca.

4. Procure uma igreja que valorize a vida – Fé, Santidade, Justiça, Educação, Trabalho, Família, Solidariedade, Paz Social, entre tantos outros, devem fazer parte do conjunto de valores pregados e vividos por uma boa comunidade. Em um tempo que já é possível se ver igrejas que defendem a prática indiscriminada do aborto, convém lembrar que além dos valores supracitados, a preservação da vida é um das causas mais defendidas por Deus! Nos tempos de Jesus, os fariseus o estavam sempre criticando, porque ele fazia o bem, curava os enfermos e trabalhava no sábado (João 5:16-18). Em resposta aos fariseus, Jesus certa vez perguntou: “Há alguém entre vós que, tendo uma única ovelha, e se esta cair num poço num dia de sábado, não a irá procurar e retirar? Não vale o homem muito mais que uma ovelha? É permitido, pois, fazer o bem no dia de sábado.” Veja Mateus 12:9-13. Os fariseus não entendiam que o Judaísmo e sua rigidez quanto ao sábado estavam com os dias contados; agora estavam sendo substituídos pelo Cristianismo. É por esse motivo, que ao estudar o Novo Testamento, encontramos a repetição e confirmação de todos os mandamentos contidos em Êxodo 20, menos daquele que se refere ao sábado. O apostolo Paulo, em sua Carta aos Romanos 14:5,6, escreveu o que é válido para os cristãos de hoje: “Um faz distinção entre dia e dia; outro, porém, considera iguais todos os dias. Cada um proceda segundo sua convicção. Quem distingue o dia, age assim pelo Senhor; quem come de tudo, o faz pelo Senhor, porque dá graças a Deus. E quem não come, abstém-se pelo Senhor, e igualmente dá graças a Deus.” Em outras palavras, o Novo Testamento ensina que cada cristão é livre para decidir quando descansar ou o que comer! O que mais me chama a atenção em tudo isso, é o fato de os fariseus terem valorizado a guarda de um dia de forma fanática; ao ponto de tentar impedir que o Senhor Jesus socorresse ao povo doente! Ainda hoje, encontramos grupos religiosos que praticam omissão de socorro, negando transfusão de sangue aos seus entes queridos. Em I João 3:16, está escrito: “Nisto temos conhecido o amor: Jesus deu sua vida por nós. Também nós outros devemos dar a vida pelos nossos irmãos.” Ora, se Cristo deu a sua vida e todo o seu sangue para nos salvar; por que motivo vamos desobedecer ao mandamento bíblico de dar também nossa vida pelos nossos irmãos? Por que razão desobedecer a Jeová e deixar de doar um pouco de nossa vida, isto é, um pouco de nosso sangue para o nosso irmão?


Conclusão: Quero finalizar este artigo, lembrando mais uma vez, que apesar de vivermos em um mundo cheio de tanta heresia, ainda existem igrejas sérias. É meu desejo, pois, que você esteja em uma delas e seja muito abençoado. Com um grande abraço a todos os meus irmãos, de todas as boas igrejas...


Pr. Humberto de Lima

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